[...]

Dificil ser como todo mundo quer, dificil fazer o que te mandam.
Esconder verdadeiros desejos, verdadeiras vontades. Dificil encarar as criticas, os olhares, as palavras.
Dificil ser o que nao se quer, ouvir o que nao se gosta. Dificil ser como 'todo mundo'.
Passar pela visão de 'novo mundo', encarar os conceitos de sociedade. Dificil fazer sempre o certo.
Dificil descobrir a verdade, encarar a realidade, viver na falsidade. Escolher entre o certo e o errado, viver so de passado e fugir do presente.
Dificil nao querer voltar atras, sentir saudades, dificil não ser mais como era antes.

Dificil ser você.

Coisas tão inesperadas, então [...]

Um dia, num daqueles dias, estava em algum lugar, por ai, andando com os pensamentos bem longe.
Me assustei, quando voltando pra mim, percebi que havia esbarrado em alguém.
Levantei então um pouco a cabeça, desinteressada, para me desculpar e ver quem tinha sido a mais uma vitima das minhas 'viagens' pelo mundo dos pensamentos.
Não consegui pronunciar qualquer palavra que viesse a minha cabeça, pois era como se aquela pessoa, estranha até então, tivesse me puxado para aquela tal realidade que eu tentava fugir a algum tempo.
-Parece que você estava bem distraída, disse
Balancei a cabeça e prossegui com muita raiva de mim mesma por ter parecido tão tola e idiota. Eu, mais uma vez, tinha perdido a chance de conhecer alguem que parecia ter me interessado tanto.
Foi então que o tempo passou e aquele breve acontecimento saiu dos meus pensamentos, colocando de volta então todas aquelas fantasias.
Voltando da escola, andando como sempre tão no mundo da lua, percebi que do outro lado da rua, alguém me observava. E era você, com aquele olhar intrigante, e um lindo sorriso, que so agora tinha conseguido reparar. Foi ai que te vi acenando e pedindo que te esperasse para que me alcançasse.
-É estranho, mas não consegui tirar você dos meus sonhos desde aquele dia.
E foi nesse dia então, que eu ouvi as palavras que mudaram toda a minha rotina e a minha enorme vontade de fugir da realidade.

espero, não sei se tenho tempo... (~8)

Eu espero por tantas coisas, tantas pessoas, tantos momentos, tantas mudanças. Por realizações de muitas utopias, fantasias, desejos, milagres.
Eu espero por tantas chances, tantos alcances, tantas lembranças, tantas vitorias. Por tantos sorrisos, tantos abraços, tantos sentimentos, por tantos encontros.
Eu espero por tantas palavras, respostas, tantas explicações, porquês. Por mais tempo, mais realizações, tantas alegrias, por tantas e tantas lágrimas.
Ah, como eu espero.
Tanto que as vezes até me surge um pequeno medo de muito esperar e então pouco realizar.

Inspirações noturnaaas ~~

Quem sabe, em algum dia...

Quantas noites chorei em silêncio
Chamando por você
Na pequena esperança de te ouvir responder
Quantas noites pensei em você
Imaginando rostos
Sentindo gostos
Quantos dias esperei por você
Olhando em janelas
Procurando por traços, abraços
Tantas vontades,
Tantos desejos,
Todos jogados ao vento
Pra que, ao acaso
Encontrassem seus braços.

mudei meu destino, mudei minha direção [...]

Um dia me disseram que as coisas eram impossíveis e as pessoas hipócritas. Me fizeram acreditar que sonhar era inútil e que as estrelas não realizavam desejos.
Me impediram de acreditar nas pessoas e também de acreditar em mim mesma. Me iludiram e me desanimaram me convencendo de que viver era uma coisa muito chata e que não valia a pena.
E eu acreditei. Passei muito tempo pensando que chorar era melhor que sorrir, e deixei então de acreditar nos sonhos e nas coisas que diziam ‘impossíveis’.
Deixei então de olhar no espelho e sorrir, passei a acreditar mais nos outros do que em mim. Esqueci o que era viver e passei então só a existir.
Me iludiram, me enganaram, me criticaram e me fizeram de boba.
E eu então passei grande parte, talvez a melhor delas, acreditando que viver não era bom e que sonhos, RAM, esses eram besteiras. Perdi melhores momentos acreditando que eu não era nada e que nunca seria nada. Desisti então de acreditar em mim mesma.
As pessoas se afastavam e eu nunca entendia o por que. Passei a viver um mundo que me fizeram criar e deixei de viver o meu mundo que eu acreditava.
Mas um dia eu cresci, e comecei a viver. Enxerguei as pessoas que me faziam bem e passei a ser mais eu. Voltei a acreditar nos meus sonhos e a partir daí prometi que isso ninguém me tirava mais.
Voltei a fazer desejos pras estrelas, e as lagrimas desapareceram.
A partir desse dia então, eu deixei de ouvir conselhos e passei a escrever a minha própria historia, sem opinião alheia e muito menos criticas alheias.
E entendi que não existem limites nem barreiras, a não ser aquelas criadas por você mesma.

num certo dia... uma certa luz...

E numa noite muito escura, uma luz interessante começou a surgir. Não sabia se era sonho, mas naquela altura pouco me fazia diferença.
Comecei então a caminhar pelo caminho que me fazia enxergar melhor essa tal “luz”.
As coisas passaram a acontecer de um jeito novo, que no começo me assustava, mas me deixava com uma boa sensação.
Tudo era diferente, mas a cada passo era como se aquela “luz” estivesse mais visível e mais nítida também.
Em certo tempo caminhando sozinha, o medo surgia e a vontade de voltar atrás e continuar como estava. As lagrimas se multiplicaram e os sorrisos se dividiram.
Mas valia a pena continuar no caminho, mesmo este sendo assim tão sofrido. Ele de alguma forma me dava uma certeza de que aquela “luz” estava sim tão perto.
Agora as coisas aconteciam de um jeito diferente. Eu podia sentir que de alguma forma eu também estava diferente. As forças surgiam do nada e aquela luz tão perto, meus olhos ofuscava.
O medo e a vontade de desistir ainda estavam lá, mas agora não faziam mais tão sentido e a certeza de que a hora certa estava perto já me pertenciam.